Como é meu processo de construção de identidade visual

Criar identidades visuais consistentes, originais e que se destaquem em relação à concorrência são um dos grandes desafios de um Designer de Marca. Para isso, pensar “fora da caixa” e ter criatividade são fatores importantes para atingir tais resultados. No entanto, é ainda mais essencial estabelecer um método de trabalho.

De fato, ter uma metodologia me trouxe pelo menos dois benefícios:

  1. Ajuda a ganhar tempo, pois já sei qual direcionamento tomar em cada etapa do projeto. Assim, não estendo desnecessariamente o prazo de entrega.
  2. Melhora a qualidade do resultado, pois utilizo ferramentas e técnicas já testadas e validadas pelo mercado, garantindo um padrão de entrega. 

Tendo isso em mente, vou te mostrar qual processo utilizo ao desenvolver a identidade visual de uma marca. Basicamente, é dividido em cinco passos: briefing, pesquisa, ideação, desenvolvimento e apresentação.

Então, bora!

1. Briefing

Nesta etapa, eu converso com os clientes sobre o propósito da empresa, suas necessidades e anseios. Além disso, definimos alguns pontos-chave para o projeto, como questões de público-alvo e personalidade de marca, por exemplo.

Existem várias formas de se fazer um briefing, mas eu sempre dou preferência por reservar um dia e horário para conversar diretamente com o cliente, pois, assim, ele passa a se sentir parte do processo e cria-se uma relação maior de confiança entre o contratante e o contratado.

Considero o briefing é a parte mais importante, pois representa o escopo de trabalho. Quando bem feito, evita retrabalhos e garante a satisfação de todas as partes envolvidas com o projeto.

2. Pesquisa

Após o briefing, parto diretamente para a etapa de pesquisa. Aqui, eu busco referências e informações do setor de atuação, concorrência, dentre outros. O objetivo desta fase é possibilitar uma visão mais abrangente do todo e auxiliar a tomada de decisão sobre qual caminho devo seguir.

Dentre as ferramentas que utilizo durante a pesquisa, minha favorita é o Moodboard, ou Painel Semântico, pois me permite visualizar as referências mais relevantes para o projeto de forma clara e prática.

Veja abaixo o painel semântico que criei para a criação da minha identidade visual de marca.

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Concluindo a pesquisa, hora de começar a organizar as ideias!

3. Organizando as ideias

A ideação é o momento de sintetizar as etapas anteriores e começar a gerar ideias. Por meio de algumas ferramentas de branding e design, busco encontrar um conceito que norteará todo o restante do processo.

Exemplificando, o meu logo teve como conceito a pinha, a qual é muito comum aqui em Curitiba devido ao grande número de Araucárias. Esta escolha da pinha como símbolo representa não apenas o local que nasci, mas também o conceito de crescimento constante. Mesmo a mais simples das ideias pode se desenvolver e gerar um impacto positivo na sociedade, como um pequeno pinhão que se torna um grande pinheiro. 

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De fato, escolher um conceito adequado ao projeto é essencial para criar uma identidade marcante, única e com real significado para os clientes.

4. Colocando a mão na massa

Tendo um conceito bem definido, inicio a parte “prática” (e mais divertida) da criação de identidade visual – o desenvolvimento. Não só o logo, como a escolha da tipografia, cores e outros elementos gráficos são feitas nesta etapa. Geralmente, eu faço vários rascunhos (tanto no papel, como no digital) e testo as melhores ideias. Às vezes, levo apenas algumas horas até encontrar algo que seja adequado para a proposta do cliente. Em outras ocasiões, posso levar dias ou até mesmo semanas para atingir o resultado final. De toda forma, o mais importante é que a entrega seja coerente com a proposta do cliente e que todas as decisões de design sejam tomadas de forma consciente, sempre levando em conta os aspectos funcionais do projeto, não apenas os estéticos.

A seguir, confira alguns rascunhos que fiz e o resultado final do meu logo.

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5. Apresentação

Em geral, apenas olhar um logo em um fundo chapado não é suficiente para convencermos o contratante de que a proposta é a mais adequada ao seu negócio. Por isso, é importante apresentar as possibilidades de aplicação da marca para o cliente de acordo com os principais pontos de contato. Por exemplo, para uma hamburgueria, é interessante mostrar como a identidade visual desenvolvida pode ser usada em cardápios, letreiros, cartazes, redes sociais, etc.

Confira abaixo algumas ideias que tive ao montar a apresentação da minha marca 🙂

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Portanto, é assim que desenvolvo as identidades visuais junto com meus clientes. Apesar de ser um processo bem trabalhoso, é muito gratificante ver como o resultado final impacta os negócios e a vida das pessoas, principalmente. 

Caso tenha alguma dúvida, fique à vontade para entrar em contato comigo pelos comentários ou por mensagem. Com certeza, terei o maior prazer em trocar ideia sobre design e branding contigo, ok? 

Valeu e até a próxima!

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